"Oh, I’m sailin’ away my own true love
I’m sailin’ away in the morning
Is there something I can send you from across the sea
From the place that I’ll be landing?"
Bob Dylan - Boots of Spanish Leather
N238
Após a primeira aventura da N112, e já algo desgastado pelo calor e pelas dores nas mãos/pulsos, comecei a minha incursão pela N238, embora em versão redux, uma vez que apenas fiz o troço entre o Orvalho e a confluência com a M514, seguindo depois até a M513, desembocando na Covilhã. Segundo a Wikipédia, apenas os troços entre Tomar/Vale do Serrão e entre Sertã/Oleiros continuam a integrar aquilo que ainda é considerada a rede de estradas nacionais administradas pela Infraestruturas de Portugal. Os restantes troços foram regionalizados, sendo geridos/mantidos pela administração local. Obviamente, tais diferenças a nível das competências de administração destas estradas têm impacto, acelerando a descaracterização a que a rede de estradas nacionais está votada. O troço em questão é daqueles que, supostamente, foram regionalizados.
O que dizer deste troço? Espetaculares paisagens e muitas curvas. Destaque para o Miradouro da Sernadela, perto de Janeiro de Cima que, apesar dos vestígios (visíveis à data) deixados pelos incêndios florestais nas imediações, tem uma vista espetacular para o Rio Zêzere. Além alimentar a vista e a alma com a linda paisagem, a paragem serviu também para recuperar energias, aliviar os pulsos e esticar as pernas.
O resto do percurso feito nas estradas municipais já referidas não teve destaques dignos de nota. A partir de determinada altura, sentimos claramente que deixámos para trás a natureza em estado mais puro e que voltamos a entrar na civilização, com as povoações a sucederem-se umas atrás das outras de forma quase ininterrupta. Chegado à Covilhã já durante a tarde, foi altura de me encontrar com a N339, a última nacional a percorrer nesse dia. O hotel reservado atempadamente para pernoitar foi o Hotel dos Carquejais, que ficava no inicio do percurso da N339. O plano era parar no hotel, fazer check-in, deixar a bagagem no quarto, descansar uns minutos, e arrancar pela N339, fazendo o percurso até à Torre da Serra da Estrela. Mas haveria de ter uma surpresa não muito agradável (pelo menos inicialmente), que será contada no próximo post.
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